Foi nossa mãe quem falou.



“A palavra é o nosso fogo. Nosso axé.
Sem ela não somos nada. Por isso é a oralidade que ensina.
A oralidade é o fundamental, foi com ela que chegamos até aqui.
A vida inteira eu mantive meu axé através da palavra.
Só comecei a publicar agora, a escrita vem para complementar isso.
Imagina se nós negros tivéssemos dependido da escrita para não perder nossa fé, nossa cultura, nossa história?
A abolição não garantiu nosso direito de ler e escrever.
Sobrevivemos graças à nossa oralidade.
Mas mesmo na escrita, a palavra tem que ser carregada de axé e da nossa história, se não se perde e o candomblé
nunca vai ser perder. Por isso precisamos contar e nos contar”

Mãe Beata de Yemonjá, 2005


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Orquestra instrumental mais sinistra dos hemisférios,
aqui nesse álbum versões de
 Fela Kuti, MF Domm, Madlib, Outkast, Jay Z e Art of  noise.
Pedrada pesada !