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Nosotras, las mujeres.



Entrevistador: Grande parte da sua obra é alusiva à sua própria imagem. Porquê?
Frida Kahlo: Pinto-me a mim própria porque estou muitas vezes sozinha e sou o assunto que conheço melhor.
Entrevistador: Sabe-se que só começou a pintar depois do acidente trágico que sofreu.Porquê?
Frida Kahlo: Pintar completou a minha vida. Perdi três filhos e uma série de outras coisas que teriam preenchido a minha vida. A minha pintura tomou o lugar de tudo isso. Creio que trabalhar é o melhor.
Entrevistador: Apesar das dores que sentiu, é uma pessoa muito alegre. Sei que adora uma bebida tipicamente mexicana.
Frida Kahlo: Eu bebo para afogar as minhas mágoas, mas as malvadas aprenderam a nadar! (risos) É preciso ter força para relaxar, rir, ser leve, a tragédia é ridícula.
Entrevistador: Entre a doença e os desamores, sente-se feliz?
Frida Kahlo: Não estou doente, estou partida! (risos) Mas sinto-me feliz por continuar viva, enquanto puder pintar.
Entrevistador: De algum modo pode-se intitular algumas das suas obras como surrealista?
Frida Kahlo: Pensam que sou surrealista. (risos) Não sou… Não pinto sonhos, só a minha própria realidade



No final dos anos 1950 e início dos anos 1960 no México, a cantora , costa riquense , Chavela Vargas, vestia roupas de homens, bebia e fumava charutos como qualquer um, carregava uma arma com ela e era famosa por seu amor às mulheres. 
Viveu um intenso romance com Frida Kahlo, anos depois foi resgatada do ostracismo pelo cineasta e Papa, Pedro Almodovar.
Em 2000, Chavela Vargas foi premiada com a Grande Cruz da Espanha de Isabel la Católica, mais alta honraria de reconhecimento artístico-cultural do país, na época em que assumia publicamente o orgulho lésbico aos 81 anos.

"Eu tive que lutar para ser eu mesma e ser respeitada.  
Tenho orgulho de carregar esse estigma e me chamar de lésbica.  
Eu não vou vangloriar-lo ou transmiti-lo, mas eu não nego isso. Eu tive que confrontar a sociedade e a Igreja, que diz que os homossexuais são condenados. Isso é um absurdo.  
Como pode alguém que nasceu como de forma igual ser julgado?
Eu não faziam aulas de lésbicas. Ninguém me ensinou a ser assim. 
Eu nasci assim, a partir do momento em que eu abri meus olhos neste mundo.
Eu nunca fui para a cama com um homem. Nunca.  
É assim que eu sou pura, eu não tenho nada para se envergonhar.
Meus deuses me fizeram do jeito que sou. "

Chavela Vargas, Jornal El País de Madrid em Outubro de 2000.

01. - Gabino Barreras - 3:25"
02. - Los dos hermanos - 3:00"
03. - Anselma Guzman - 3:42"
04. - Valentin de la sierra - 2:59"
05. - Heraclio Bernal - 3:24"
06. - Juan charrasqueado - 3:35"
07. - Simon Blanco - 4:16"
08. - Lucio Vazquez - 4:13"
09. - Felipe Angeles - 3:32"
10. - Valiente Quintero - 4:24"
11. - Benjamin Arguilero - 3:49"
12. - Benito Canales - 3:08"





Nossos sonhos.

- Bom dia ; qual o nome desse povoado?
- Não há ; Nós o chamamos de
"O Povoado".
- Não há eletricidade aqui?
- Não precisamos.
...as pessoas acostumam-se ao conforto. Acham que o conforto é melhor. Rejeitam o que é realmente bom.
- Mas e as luzes?
- Temos velas e óleo de linhaça.
- Mas a noite é tão escura.
- É. Assim é a noite.
...por que a noite deveria ser clara como o dia? 
...eu não ia querer noites claras, que não me deixassem ver estrelas.
                                           

...em o vilarejo dos moinhos, " Sonhos " de  Akira Kurosawa.


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Agora um bombaço na cara com esse som aqui do Dry&heavy, comunidade rasta japonesa de reggae explosion da melhor qualidade. variantes do Dub como o Dubstepa são frutos dessa tecnologia nuclear aí, o que começou como uma dupla de baixo e bateria , se transformou em uma orquestra alucinante com uma vocalista radioativa.



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 ...contamina como Nagasaki e Hiroshima.

Quando o telefone não tocar sou eu.

Te envio o mar. 
O mar rumoroso que trago em mim, um mar de sal e conchas que talham os pés, um mar de areias, poeira, moluscos enterrados.
Te envio o mar que trago nas mãos e desfio pérolas em contas de lágrima, alívio, vento no rosto, maresia e iodo, coral. 
Te envio o mar que trago nos olhos, ardidos, cheios de terra, ondas e espuma, um mar que pode estar perto de ti, ainda que estejas longe dele. 
Te envio o mar que trago na boca, salitre, sol, palavras fugidias que não escutarias com a rebentação. 
Te envio o mar que faço em mim.

  Antoniete


    

Bárbara Eugênia, carioca que vive em São Paulo cercada de gente do mundo todo, se parece sim, crença nas suas composições, como quem acorda, pega a trilha de sonhos e submete ao assobio do namoro novo ou afoga tudo na quentura da manteiga que derrete nos cafés das manhãs
Xico Sá, poeta.



-Do que se trata?
Som retrô com influencia do asfalto de interior metido a nova york.
O bom e velho meio bossa nova e rocknroll.
Indicado para pessoas que ja viveram um grande amor, ou acharam isto um dia.

Barbara Eugenia - Journal de BAD, 2010.
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*discotecanacional.wordpress

Aquele nosso verão de sempre.



" Tudo poderia ter resultado, tudo poderia ter sido de outra maneira,
 mas há uma abominável sensatez que manda reorganizar o mundo a partir do que ele é
e não a partir do que ele poderia ter sido.
Conservo retratos, evidentemente, mas pertencem àquela categoria de objectos que não cabem em nenhum catálogo nem servem para reconstruir uma biografia.
Os amores passados são sempre amores de Verão."

António de Sousa Homem, Ventos de Agosto

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Esther Mae Jones,1985-1984, afroamericana legítima, uma das vozes mais espetaculares do Soul'blues das decadas de 60 e 70, passou a vida artística entre o sucesso e a lama, lutou contra a heroina(e perdeu), foi levada a Inglaterra pelos Beatles, trabalhou nos bares mais undergrounds de blues, gravou mais de 30 discos,  casou-se com Gil Scott-Heron, perdeu o grammy de 1972 por uma sabotagem entre gravadoras, neste ano a ganhadora do prêmio foi Aretha Franklin, esta por sua vez consciente da pilantragem e ciente de que a merecedora não era ela, presenteou Esther com o premio que havia ganho. Enfim, é tudo que a Amy Winehouse queria ser, a diferença básica esta na epiderme.

>> Para ouvir sabendo que a vida não é brincadeira.

N'cali

1- Se desocupe por 19 min
2- Escolha a legenda em português
3- Assita com a tela ampliada
4- Reflita
5- Ignore se quiser.


É impossivel falar sobre uma única história sem falar sobre o poder.
há uma palavra da tribo "igbo", que eu lembro sempre que penso sobre a estrutura de poder do mundo, a palavra é: n'cali, é um substantivo que livremente se traduz "ser maior do que o outro".
como os nossos mundos, econômico e político, histórias são definidas pelo principio do n'cali, como são contadas, quem as conta, quando e quantas hstórias são contadas, tudo depende do poder.
Poder é a habilidade de não só contar a história, mas de faze-la a história daquela pessoa.


Chimamanda Adichie, Escritora Nigeriana, Jul. 2009. 

Espelho, espelho meu...



" Conto isto para melhor compreenderem o meu espanto,  quando Mãe Mocinha se pôs a falar da minha vida com detalhes que apenas eu próprio julgava conhecer. Era como se fosse eu a falar de mim, embora com a distância e a lucidez de um estranho.

-Essa mulher não está apaixonada por você - disse, referindo-se a Kianda. - Quando olhamos para um espelho, não é o espelho que vemos. O que vemos é a nossa imagem refletida nele. Você é como um espelho para essa mulher. Ela nem sequer repara em você, filho, está apaixonada pelo próprio reflexo. Do que ela gosta é do seu deslumbramento, gosta da forma como você a vê. "


José E. Agualusa , Barroco Tropical


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Clássico do cinema nacional, um dos melhores filmes produzidos na terra do juíz Nicolau, com um quê de documentario esse romance mistura comédia e drama de forma surreal, com formato de edição pioneira o filme é referência até hoje aos profissionais da cinematografia nacional, obrigatoriedade na sua pasta "filmes".
Protagonizam: Paulo José e a espetacular Leila Diniz.

Todas as Mulheres do mundo, Bra., 1967, Domingos Oliveira, 90 min.

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Jogo dos bichos.



Ana sonhou com um macaco gripado e no seu sonho examinava a garganta do animal e lhe dava xarope de mel.

No seu sonho, nítido, casou-se com o macaco, que sempre parecia triste sentado no telhado mastigando bananas.

No mesmo sonho o macaco fugiu e logo em seguida apareceu um cachorro que Ana recolheu e deu amor.

Acordou e sentiu a solidão da sua cama vazia, refletiu que o sonho espelhava seus desejos.

Engoliu às pressas o café da manhã, contou os últimos trocados e resolveu fazer uma apostinha no jogo do bicho. Cercou o jogo no seco e no molhado, marcou macaco na cabeça. Deu burro.

Passou o final de semana sem nada no bolso e levando patadas da vida.
  Sra Yfy.

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Nessa época em que o rock'roll agoniza ao som do pianinho do coldplay, aqui um disco apaixonantemente fudido!!

John Spencer e Cristina Martinez, fazem o casal mais sexy'n drugs dos tempos atuais, junta-se com uma pá de desertores de bandas que cairam no marasmo da moda indie, então cria-se um monstro bem lindinho chamado BOSS HOG, aqui o clássicasso disco "I dig you ".

Para ouvir tomando cerveja às 9 da manhã olhando o amor da sua vida durmindo de ressaca ao lado e pensando:

"Eu não vailho nada! , nem você! ; por isso que te amo!"   =]



Sinal de fumaça.

Trigueiro, negro, enfarruscado,
Sou o cachimbo d'um autor,
incorrigível fumador,
Que me tem já quase queimado.

Quando o persegue ingente dor,
Eu, a fumar, sou comparado
Ao fogareiro improvisado
Para o jantar d'um lenhador.

Vai envolver-lhe a tova mente
O fumo azul e transparente
Da minha boca em erupção...

A sua dor, prestes, se acalma;
Leva-lhe o fumo a paz à alma,
Vai Alegrar-lhe o coração!

Charles Baudelaire,  " O cachimbo"


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Um documentário ousado sobre um tema polêmico que interessa a todos e que precisa ser debatido de forma honesta; a política de drogas no Brasil e no mundo, baseada na proibição de determinadas práticas relacionadas aalgumas substâncias, precisa ser repensada porque muitas de suas conseqüências diretas, como a violência e a corrupção por exemplo, atingiram níveis inaceitáveis.

Cortina de Fumaça é um projeto independente movido pela vontade de colaborar na construção de uma sociedade mais equilibrada e alinhada com os princípios de liberdade, diversidade e tolerância.

http://www.cortinadefumaca.com/

Baixe, copie, distribua, mostre, faça alguma coisa !
Cortina de fumaça, 2010, 94 min.

Eles, os diferentes.


Quando Jacó encontrou aquele grupo colorido, rindo, cantando, dançando pensou tratar-se de travestis-bomba.
Quis um holocausto para eles; quis o castigo; odiou mais que a um muçulmano.
Ao chegar em casa, porém, ainda pode ver na rua seu filho em chamas gritar por seu nome, pedindo a piedade de Deus.
Silvio Vasconcellos.
(sobre manifestação homofóbica em Jerusalém)


Una palabra no dice nada.

Foi DJ numa radio mexicana, compositor de trilhas sonoras, trabalhou ilegalmente nos EUA como assistente técnico, produziu comerciais de TV Mexicanos, estudou cinema, co-produziu curtas-metragens, até que finalmente dirigiu o longa metragem  Amores Perros (2000), a partir daí vieram uma avalanche de premiações cinematográficas, em seguida vieram as pérolas : 11'09'01- September 11(2002) ; 21 gramas(2003) ; Babel(2006) e Biutiful(2010).
O nome do responsável por esses feitos é:
Alejandro González Iñarritu.

Abaixo o curta-metragem Powder Keg (2001).
desligue os celulares, preparem o cinzeiro, sente-se confortavelmente e mande o cachorro parar de latir.

E se ?


O que aconteceria se uma mulher despertasse uma manhã transformada em homem? E se a família não fosse ao campo de treinamento onde o menino aprende a mandar e a menina a obedecer? E se houvesse creches? E se o marido participasse da limpeza e da cozinha? E se a inocência se fizesse dignidade? E se a razão e a emoção andassem de braços dados? E se os pregadores e os jornais dissessem a verdade? E se ninguém fosse propriedade de ninguém?
Eduardo Galeano – O Século do Vento
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Banda francesa com o vocal feminino sedutor, composições próprias com um quê de revolta setentista, guitarras cruas que soam como um surf music desbotado, para ouvir preferencialmente ébrio, com a companhia de alguém que goste de dançar na cozinha, no calor de meio dia.
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:: DENILSON ::





Um dia alguém disse a Denilson que café solúvel não tinha cafeína. Denilson ficou tão entusiasmado com a teoria que tomou quatro xícaras depois de jantar. Só conseguiu adormecer às oito da manhã. Não se importou; pelo menos derrubara a teoria. Acordou às nove da manhã do dia seguinte. Denilson não percebeu que saltara um dia.
Desde então, vem experimentando um sentimento de estranhamento frente às coisas, como se houvesse um descompasso entre ele e o mundo. Apesar de nunca ter se considerado conservador, passou a sentir um mal-estar diante de idéias avançadas com as quais vem se deparando, tais como cirurgia de reconstituição do hímen, pizza em cone e a Patrícia Poeta.
Não entende por que provoca risos quando diz "tá ligado" ou "fraga", ou por que hesita quando escuta um simples "sou do corre", "é casca" e "ontem fiz uma fita mil grau".
Descobre que, se ouve Rihanna, o resto já está no Rihanna Cinderella remix feat, Jay-Z & Chris Brown.
Nota que, ao contrário dele, os amigos já não usam o topete cuidadosamente esculpido a gel, mas longas franjas caídas sobre os olhos; e quando finalmente cresce uma franja bacana, encontra os outros de moicano.
Quando foi na loja comprar o DVD do Homem de Ferro para a sua coleção, disseram-lhe que só tinham em Blu-ray.
 Perplexo, Denilson tenta compreender o que aconteceu. Às vezes pára diante do vidro de café solúvel e se concentra por alguns minutos tentando desvendar o mistério.
Nuno Manna, na piauí 

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O livro "Um Estranho No Ninho" do escritor estadunidense Ken Kesey foi escrito em 1962 e conta a estória de Randle McMurphy, um fora-da-lei que é transferido de um presídio-fazenda para uma instituição para recuperação de doentes mentais. Achando ser uma melhor opção o sanatório à cadeia, ao passar por uma bateria de testes psicológicos, finge ser um doido varrido para escapar das grades.

Nós, as outras.


"...não importa com que mulher eu esteja as pessoas sempre me perguntam : você ainda está com ela? "
C. Bukowski. (1920-1994)



leia-me:
Maria sabina; indía mexicana que usava os cogumelos como ferramenta de cura e fonte de sabedoria.

Nós e os outros.

" Meu pai é um homem de verdade.
Ele me ensinou que é um orgulho e uma honra conviver com certos homens.
Eu aprendi que lutar ao lado destes é um privilégio."

Potiguá.