Espelho, espelho meu...



" Conto isto para melhor compreenderem o meu espanto,  quando Mãe Mocinha se pôs a falar da minha vida com detalhes que apenas eu próprio julgava conhecer. Era como se fosse eu a falar de mim, embora com a distância e a lucidez de um estranho.

-Essa mulher não está apaixonada por você - disse, referindo-se a Kianda. - Quando olhamos para um espelho, não é o espelho que vemos. O que vemos é a nossa imagem refletida nele. Você é como um espelho para essa mulher. Ela nem sequer repara em você, filho, está apaixonada pelo próprio reflexo. Do que ela gosta é do seu deslumbramento, gosta da forma como você a vê. "


José E. Agualusa , Barroco Tropical


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Clássico do cinema nacional, um dos melhores filmes produzidos na terra do juíz Nicolau, com um quê de documentario esse romance mistura comédia e drama de forma surreal, com formato de edição pioneira o filme é referência até hoje aos profissionais da cinematografia nacional, obrigatoriedade na sua pasta "filmes".
Protagonizam: Paulo José e a espetacular Leila Diniz.

Todas as Mulheres do mundo, Bra., 1967, Domingos Oliveira, 90 min.

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